O Plano de Negócios Conjunto, ou Joint Business Plan (JBP), é uma ferramenta de gestão que busca um alinhamento entre parceiros de negócios, como por exemplo um varejista e o seu fornecedor. Este método pode gerar iniciativas inovadoras, por se basear em um alinhamento de metas, estratégias e planos de ação entre dois parceiros colaborativos.
Do ponto de vista da relação entre a indústria e varejo isso não é uma grande novidade, muitas empresas acreditam que já colocam em prática o Plano de Negócios Conjunto quando combinam ações e seus calendários promocionais. No entanto, essa ferramenta de gestão vai bem além.
Quer saber o que é um plano de negócios conjunto? Aqui vamos explorar este conceito e apontar como ele é capaz de fazer a sua empresa vender ainda mais.
O Plano de Negócios Conjunto é um planejamento de médio e longo prazo, cujos objetivos são mais amplos do que um simples resultado pontual. Mas como é isso?
Pense naquele fabricante que deseja entrar em determinado mercado, mas de forma competitiva e consistente, ganhando uma parte do share imediatamente, e capaz de se consolidar gradualmente nos anos seguintes.
Ele pode obter esse resultado sozinho, mas há um atalho bem mais interessante: contar com a ajuda de um grande varejista. Ok, mas o que ele ganha com isso?
Do ponto de vista do varejista, a parceria de um fabricante que quer se estabelecer entre os grandes é algo muito vantajoso. Ele pode obter exclusividade, preços competitivos e atrair mais clientes do segmento.
Só que esses resultados não dependem só daquele crossover de calendários promocionais. Eles dependem de um processo que requer tempo, além de uma estratégia muito bem traçada.
Ao longo do último um ano e meio, muitas companhias vêm enfrentando dificuldades, principalmente devido à pandemia do Coronavírus, o responsável pela transmissão da doença Covid-19. E apesar de os setores, de forma geral, estarem se recuperando, o Plano de Negócios Conjunto é uma ferramenta que contribui para sair da crise mais rápido. Juntas as empresas têm como crescer de maneira estruturada e sustentável.
Vem daí a necessidade de indústria e varejo se relacionarem cada vez mais, vencendo barreiras como as culturas diferentes, em prol do foco em encontrar pontos em comum em suas estratégias, nos quais compartilhem dos mesmos objetivos.
Quando indústria e varejo se unem, conseguem assimilar que têm, em simultâneo, o cliente final como peça-chave. Ele deve ser entendido para ter suas necessidades atendidas.
Ao manter o cliente como centro das decisões e estratégias dos negócios, consolidando a capacidade de inovação da indústria com a capilaridade e as informações de comportamento do varejo, o resultado é um só: crescimento.
Para tal, é fundamental que o plano de negócios conjunto seja estabelecido, respeitando ações de médio a longo prazo que determinam o horizonte comum entre os setores.
Ações estratégicas, sempre com foco no cliente, devem ser colocadas em prática para uma relação de ganho triplo (indústria, varejo e cliente).
Para você saber o que é necessário para colocar em funcionamento um Plano de Negócios Conjunto, capaz de atender indústria e varejo, listamos aqui algumas boas práticas.
São elas:
A primeira etapa para se criar um JBP é entender muito bem a situação, com um processo de levantamento de dados relevantes e com análises efetivas sobre o shopper, a categoria e sobre o cenário competitivo. A partir disto cada equipe prepara uma visão geral de suas estratégias de crescimento e assim ambos os parceiros vão ter a visão necessária e as condições para avaliar todos os possíveis pontos de interseção.
Sejamos francos: por mais que indústria e varejo estejam próximos e sejam parceiros, nem sempre há sintonia. O plano deve ser conjunto, portanto, não há espaço para pensar apenas nos próprios interesses, e preparar os envolvidos para esta abordagem é crucial, já no início do processo. A recomendação é que haja um envolvimento executivo.
Isto ajuda também para que as duas partes tenham confiança entre si, pois devem compartilhar dados e números sobre seus respectivos negócios – e omitir informações ou ocultar problemas pode impactar negativamente no resultado do JBP.
Ações determinadas no Plano de Negócios Conjunto precisam ser acompanhadas, até para que o caminho seja corrigido conforme as necessidades. Para isso é essencial se definir as métricas adequadas em implementar um monitoramento adequado a evolução do plano. Desse modo, ambos têm a visão de como o plano está avançando e conseguem que os seus resultados sejam impulsionados.
Como acorre em geral com as ações no varejo, o cliente deve estar no centro da estratégia para que os resultados de negócio sejam alcançados. Considerando o shooper, o objetivo é fazer com que ele saia satisfeito lá no final do processo de compra, com os desdobramentos positivos que isto implica. Assim, o ganho é triplo e permite que todos comemorem.
Como o plano de negócios conjunto envolve duas entidades diferentes, os processos devem ser claros e objetivos, para que todos consigam acompanhá-los. Tenha em mente que equipes diferentes vão trabalhar em prol do mesmo objetivo, e devem entender muito bem seus processos e as integrações que terão com o parceiro do JBP.
Quando um bom Plano de Negócios Conjunto é implementado, ele define claramente e destaca os prazos, os marcos, os benefícios esperados, ROI e outras métricas a serem monitoradas em conjunto.
Com a prática constante de um JBP bem feito, será natural que sua empresa seja percebida no mercado como um parceiro preferencial para desenvolver negócios, o que ajuda a atrair os melhores parceiros comerciais. É por isso que recomendamos fortemente esta prática.
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