Diante de uma grave crise mundial de saúde, devido à contaminação pelo novo coronavírus, os hábitos de consumo, tanto físico quanto por ecommerce, sofreram grandes alterações em pouco tempo. Devido às restrições quanto a aglomeração de pessoas, esse período tem sido mais desafiador para o varejo físico, o qual precisa se modernizar rapidamente e se preparar para a recuperação na fase pós-pandemia.
Como agir estrategicamente diante do atual contexto, e como se preparar para o futuro? De acordo com a empresa FX Retail Analytics, a solução reside na transição do processo de venda física analógico para as práticas e métodos da venda digital. Mas como isso é possível?
O marketing digital tem o consumidor como foco do processo de venda, buscando conhecer detalhadamente seu comportamento, suas necessidades e suas demandas. É a partir da definição de suas personas – representação de potenciais clientes em seu público-alvo – que o ecommerce desenvolve todo o seu processo de atração, nutrição, venda e retenção de clientes. A venda é a consequência de um relacionamento desenvolvido através da web, reforçando o posicionamento e o profissionalismo da marca junto ao consumidor. Uma vez que o mundo está cada vez mais globalizado, esse conceito de consumo tem se consolidado tanto para o ecommerce como para o varejo físico.
O consumidor é um ser humano dotado de necessidades físicas, emocionais, mentais, espirituais, sociais e econômicas que compra tanto na sua loja como também frequenta outros estabelecimentos. Quais são as reais necessidades do seu consumidor? Por exemplo, quem compra alimentos veganos também estaria interessado em produtos de higiene pessoal veganos? Conhecendo melhor o seu público é possível elevar o ticket médio das vendas da sua loja, além de proporcionar uma experiência de compra mais agradável e estabelecer parcerias mais eficazes com seus fornecedores.
Existem empresas inovando o mercado varejista físico ao aplicar os conhecimentos adquiridos com a prática do ecommerce para coletar e analisar dados próprios do comércio offline.
A partir do emprego de sistemas automatizados compostos por câmera de vídeo e sensores de movimento (instalados em pontos estratégicos da loja), é possível coletar dados de usabilidade do espaço físico e da interação com os produtos expostos, de forma similar ao que é feito quando um internauta visita um site de ecommerce. Dessa forma, é possível analisar várias métricas, como: fluxo de entrada da loja, fluxo de vitrine da loja, taxa de atratividade, taxa de conversão e criação do mapa de calor da loja (determinação dos pontos de maior interação com o consumidor). É possível também coletar dados sobre hábitos de consumo de seus clientes a partir do compartilhamento de informações presentes no smartphone do consumidor que entra na loja, utilizando tecnologias como por exemplo o NFC.
A partir do domínio e análise desse tipo de informação, o varejista consegue entender se suas campanhas de marketing estão se refletindo em sua loja e se o layout de exposição dos produtos pode ser potencializado – com a criação de novos fluxos, por exemplo. Um produto muito procurado pode passar a ficar exposto no fundo da loja, fazendo com que o consumidor passe a ver os demais produtos em seu caminho e possivelmente aumentando o ticket médio da compra.
Pensando nas vendas pós pandemia, em que as lojas terão uma quantidade mais restrita de clientes, realizando as compras ao mesmo tempo, a tecnologia permite identificar automaticamente se a capacidade máxima foi atingida e quantas pessoas podem entrar por vez, além de poder identificar os clientes que estão na fila de espera, externa à loja, e por ventura desistam de entrar devido a demora. É o processo de venda física digitalizado evitando a perda de potenciais vendas e gerindo o uso do espaço físico com maior eficácia.
O ecommerce e sua agilidade de atendimento deixam mais claro também a necessidade do varejo se associar a marcas parceiras, com fornecedores que compartilham de uma mesma visão de venda orientada ao consumidor, o que facilita a troca de informações e o crescimento de todos os envolvidos. A indústria está atenta aos varejistas que já analisam os dados de suas lojas físicas, com eficiência.
Para traçar um plano estratégico, de crescimento para o seu varejo físico, é necessário primeiramente mapear o contexto atual do seu negócio, como forma de compreender o que pode e deve ser melhorado e exatamente onde se pretende chegar.
A in360, consultoria especializada em inteligência de varejo, utiliza análises personalizadas para elaborar as estratégias adequadas para a sua empresa, entendendo qual modelo se encaixa melhor nas suas necessidades e buscando melhores resultados. Entre em contato.