Gigantes do varejo como Mercado Livre e Magazine Luiza demonstram periodicamente a necessidade de mostrar inovação no mercado, como forma de se manter mais e mais relevantes para seus consumidores, acionistas e formadores de opinião. Isto vai desde a adoção rápida de novas tecnologias até a forma como se posicionam no mercado, usando uma inovação ou o resultado dela como ferramenta de marketing – veja por exemplo a disputa que aconteceu há pouco para se definir qual empresa pode dizer que tem a entrega mais rápida do Brasil.
Nesse turbilhão, em que os maiores players estão cada vez mais presentes, pequenos e médios empresários podem sentir que inovação é só para grandes redes, diante do desafio de ter que reinventar processos, adotar novas ferramentas e implementar novas formas de trabalhar, continuamente. O problema é que não inovar não é uma opção viável em um mercado tão competitivo como o que estamos vivendo.
Há poucos segmentos em que a inovação seja uma peça tão importante para a eficiência quanto no varejo. Porém, é importante levar em consideração que nem sempre inovar significa mudar radicalmente algo, ou investir caminhões de dinheiro. É com isso em mente que convidamos você para uma reflexão.
A velha máxima do copo meio cheio ou meio vazio é sempre lembrada quando se trata de avaliar os perigos e as oportunidades do mercado. A mesma situação que causa um movimento defensivo em alguns, em outros serve para impulsionar um avanço. Porém é preciso cuidado e uma análise criteriosa. O empresário pode e deve aprender com as iniciativas que fazem sucesso, contanto que faça sentido à sua própria organização.
Tendo isto como cenário, que tipos de iniciativas podem aparecer mais quando se fala em possibilidade de inovação para o varejo regional?
A visibilidade gerada pelos marketplaces, inclusive os sites de grandes varejistas que passaram a atuar assim, são apenas uma parte do benefício que eles podem trazer. A expansão de mercado, a segurança nas transações e mesmo a sinergia com grandes marcas criam uma ótima oportunidade para o pequeno varejo. Este movimento pode ser adicional ao ecommerce próprio, através de estratégias diferenciadas e complementares para cada um. Por exemplo, enquanto o marketplace é usado para girar um estoque alto, o ecommerce é focado em fortalecer a marca e criar mais possibilidades de visitas à loja com uma ação de ‘compre online/retire na loja’.
Paralelo a isso passa a ser possível se utilizar de iniciativas como a que o Mercado Livre tem com os centros de distribuição próprios, e a parceria com os empresas de logística, que vão otimizar a experiência do cliente no fator principal para todo atendimento de sucesso: o tempo.
Assim, estar presente nessas plataformas de venda pode ser o caminho para adotar inovações rapidamente e gerar o valor adicional necessário para expandir o seu varejo.
O desenvolvimento de parcerias estratégicas é fundamental para a superação de uma ampla variedade de desafios de varejo inovador para os players regionais. Este caminho reduz o investimento e dilui o risco, aspectos que muitas vezes não podem ser suportados por apenas uma organização. Por isso uma estratégia de adoção de inovação deveria ser conduzida alinhada com a procura de empresas que tenham o potencial de agregar soluções e tecnologias ao seu negócio, de forma complementar. Sinergia é a palavra chave.
Uma boa diretriz para se buscar parcerias é considerar que a venda no varejo não é mais apenas sobre os produtos ofertados, mas sim sobre a experiência de compra. Os consumidores esperam facilidade, serviço e personalização. A partir disto, avalie quais inovações estão tendo os melhores resultados nesta frente e busque os parceiros que podem ajudar neste sentido.
As centrais de negócios é também uma forma de parceria e que pode ir além das negociações de volume e preço e devem incorporar a troca de conhecimento sobre liderança e gestão. Há centrais de compras que evoluem para centrais de negócios e que posteriormente integram sistemas e por fim formam uma única empresa.
Mesmo as grandes empresas já perceberam que existe um movimento importante de criação de inovação no ambiente das startups. Não é a toa que Itaú, Bradesco e Telefônica – para citar poucos exemplos – têm unidades de negócio exclusivamente para nutrir e apoiar empresas startups, muitas vezes com investimentos, no início de suas operações.
Soma-se a isto os modelos de negócios e de precificação diferenciados que usualmente encontramos nos serviços oferecidos por este tipo de empresas e pronto: está criada a possibilidade de uso de inovação – muitas vezes criada recentemente – com investimentos relativamente pequenos.
Como encontrar este tipo de oportunidade? Ficando de olho nos eventos, portais, associações e mesmo no ‘ecossistema’ de inovação das startups Brasileiras.
Estes foram apenas alguns exemplos de formas de encontrar inovação para o varejo regional. É importante notar que toda inovação demanda esforço, e é melhor agir por conta própria do que ser forçado a reagir – o que em geral significa que o começo já está atrasado.
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