O distanciamento social, medida necessária para conter a propagação do coronavírus, mudou muitas coisas nas vidas das pessoas, e teve grande impacto na forma como fazemos compras. Mas, com as lojas voltando a funcionar, o que vai acontecer? Qual será a forma do varejo atender, vender e prestar seus serviços a partir deste momento?
A pandemia da COVID-19 atingiu em cheio o setor de varejo. Distanciamento social significa menos contatos, menos saídas de casa e menos clientes passando pelas lojas físicas – sem contar que as pessoas em geral não estão ansiosas para gastar seu dinheiro durante uma crise deste tipo.
Apesar dos desafios desta nova etapa, muitas mudanças e adequações são esperadas para a retomada do comércio e a retomada econômica. Neste artigo discutimos como o coronavírus moldará o varejo e quais tendências impactarão mais o mercado.
A pandemia do coronavírus expôs a hegemonia chinesa na cadeia de suprimentos global. Atualmente, a China é o maior exportador do mundo e é responsável por um terço da manufatura mundial. Com a China sendo o primeiro país afetado e o consequente fechamento de suas fábricas, muitos fabricantes e lojistas pelo mundo sofreram com a falta de matéria-prima e outros produtos vindos do país asiático. Da mesma forma, varejos que dependiam fortemente de um ou poucos fornecedores se viram na necessidade de desenvolver outras opções, na medida em que enfrentaram dificuldades para encontrar os itens que precisavam.
Isso evidenciou a necessidade de uma cadeia de suprimentos mais diversificada e menos dependente de uma só fonte. A expectativa, no aspecto geral, é de que haja uma mudança para compras mais abrangentes e até mais localizadas, na medida que a crise nos faz repensar a ideia de globalização.
Uma das mudanças mais profundas no comportamento do consumidor durante a crise foi o canal de compras que ele utiliza. Com o fechamento de lojas físicas pelo mundo, o coronavírus acelerou a mudança do consumo em espaço físico para o mundo virtual.
Segundo dados da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, a pandemia fez as vendas online aumentarem 137,35{b97535956982347505e90841a941152adc3238ce8637e8f0e15be94c4be72a7d} em maio de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior. E não só equipamentos eletrônicos e comidas prontas que impulsionaram as vendas: há um movimento importante em direção a fazer compras de supermercado pela internet.
Enquanto a demanda do e-commerce deve cair um pouco com a reabertura do comércio, o comércio eletrônico certamente ganhou espaço relevante na preferência do consumidor. Uma pesquisa revelou que 42,2{b97535956982347505e90841a941152adc3238ce8637e8f0e15be94c4be72a7d} dos consumidores espera continuar comprando online, mesmo com a reabertura das lojas físicas.
A tecnologia teve um papel de destaque durante a pandemia. Enquanto muitos consumidores foram privados de ver pessoalmente e tocar os produtos que queriam, o uso das principais ferramentas tecnológicas está sendo fundamental para garantir a melhor experiência de compra.
Tecnologias como a computação em nuvem permitiram à empresas de todo mundo serem mais flexíveis e continuarem funcionando mesmo com sua força de trabalho em casa. Além da nuvem, a Inteligência Artificial tem possibilitado a redução da interação entre humanos, ajudando a evitar o principal meio de propagação do vírus.
Os varejistas precisarão ser criativos, à medida que os consumidores ficarem mais confortáveis comprando coisas na internet. Eles precisam encontrar maneiras melhores de exibir o inventário online e garantir que os compradores saibam, por exemplo, que tamanho de roupas de determinada marca deve comprar.
Enquanto o consumidor se volta para o mercado virtual para fazer suas compras, ele ainda espera receber suas compras rápido e pagar pouco por isso. De acordo com o Euromonitor, opções de click-and-collect (quando o cliente compra online e retira na loja física) devem crescer nos próximos anos.
Alguns varejistas já passaram a adotar modelos de drive-thru para facilitar a coleta de mercadorias e economizar com custos de envio. Isso pode significar uma possibilidade de aumento nas vendas, com sistemas considerando, por exemplo, ofertas complementares que vendem bem naquela loja ou região.
Como podemos ver, o aumento da importância da tecnologia certamente será o grande catalisador das mudanças no varejo do futuro. Enquanto não é possível prever quais serão os reais impactos da pandemia, contar com ferramentas inteligentes certamente será um diferencial para o varejista.
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