Em uma sociedade extremamente digital, os desafios do varejo contemporâneo são percebidos em termos de atualização e adaptação aos novos modelos de consumo e comportamento do cliente. O varejo tradicional, estritamente físico, já percebeu que não há como resistir à inclusão do digital e todo período de disrupção, mudança do curso padrão de um processo, exige resiliência e visão de futuro para que o seu empreendimento vença os desafios do varejo, uma área que está cada vez mais competitiva.
Para que sua marca atue com sucesso é essencial conhecer o que motiva o seu público alvo a consumir e ter em mente que boa parte das tecnologias aplicadas no varejo estão em fase de experimentação por este público. As mudanças ocorrem em alta velocidade, o que exige que o varejista seja mais proativo e se arrisque um pouco mais, sempre contando com a análise inteligente de informações que obtenha – neste contexto a construção de um banco de dados vasto, sobre o comportamento dos seus consumidores, é uma grande vantagem possível devido à sua presença digital.
Acompanhe o texto a seguir, e veja o porquê da presença física ser tão importante quanto a digital para vencer os desafios do varejo brasileiro!
A NRF (National Retail Federation) é uma organização norte-americana que promove a maior feira de varejo do mundo (a NRF Retail’s Big Show), a qual ocorre há 108 anos, em janeiro na cidade de Nova Iorque. Durante a edição de 2020 ficou mais uma vez explícita a tendência de crescimento das lojas físicas e do atendimento multi-canal, anulando a ideia de que lojas físicas seriam extintas pelo varejo online. O que tem acontecido é que as marcas varejistas de maior sucesso têm investido no desenvolvimento de uma abordagem comum entre seus ambientes físicos e digitais, sendo que um impulsiona as vendas do outro e vice-versa.
Você conhece a RFID (identificação por rádio frequência)? Essa tecnologia tem sido empregada para substituir etiquetas e códigos de barra, utilizando frequência de rádio para capturar informações em um micro chip. Esse micro chip é anexado aos produtos e consegue armazenar uma quantidade de dados muito maior que um código de barras, com grande durabilidade. A loja Amazon Go, em Seattle – EUA, utiliza uma tecnologia parecida ao RFID, dentre outras, e dessa forma eliminou a existência de caixas para pagamento. Consequentemente, não há filas de espera de caixa nesse estabelecimento. Quando o cliente entra na loja, ele realiza um checkin com seu smartphone e ativa um carrinho virtual no aplicativo da Amazon. Assim, todo produto que é retirado das gôndolas é adicionado ao carrinho virtual e quando o cliente sai do estabelecimento com os produtos, automaticamente a cobrança da compra é feita em seu cartão de crédito, associado à sua conta.
A China é o grande referencial de adaptação tecnológica para o varejo mundial, uma vez que sua população é enorme, o que massifica os resultados, e em geral aberta para formas inovadoras de consumo. O nível de conveniências oferecidas pelo varejo chinês está muito além da prática do marketplace (possibilidade de se comprar tudo o que se precisa – eletrônicos, alimentação, itens de farmácia, por exemplo – em um único lugar). Os chineses utilizam cada vez menos um cartão físico ou dinheiro, pois a transição pode ocorrer direto em aplicativos de smartphone, ou através de ‘smartwatches’ e pulseiras digitais, com um cartão de crédito virtual cadastrado. Essa solução para o pagamento é utilizada pelos chineses tanto nas lojas na web como nas lojas físicas.
Um bom exemplo de inovação na China é o ‘Bingo Box’, que é uma loja de conveniência chinesa que vende bebidas, alimentos, medicamentos e produtos de higiene. A sua estrutura física pode ser transportada por toda a cidade, pois possui rodas dobráveis em sua base. Para adentrar esse estabelecimento, o cliente deve se identificar por meio da leitura de um QRCode e o espaço conta com câmeras com reconhecimento facial. Não há atendentes, mais sim a plataforma WeChat (semelhante ao whatsapp) que auxilia o consumidor, virtualmente, no que for necessário. O pagamento é realizado por meio de aplicativo.
Novas tecnologias também são utilizadas no Brasil, de diferentes formas. Em Porto Alegre temos a primeira loja phigital (física e digital) brasileira. É a Pier X (experience), a qual une arte, gastronomia, varejo e música em um mesmo local. O ambiente físico tem o intuito de promover novas experiências e as contas podem ser pagas por meio de um aplicativo, evitando filas. A empresa 4All é a responsável pela parte digital e tem desenvolvido um aplicativo que reúne funções diversas que apoiam a experiencia do consumidor nesta loja.
Isto tudo é fascinante, mas não elimina o fator humano como ponto chave no uso de novas ferramentas e métodos para a evolução do varejo – afinal uma equipe mal preparada pode por mesmo a tecnologia mais avançada sob um risco de fracasso. Apoiar a equipe, desenvolver as novas habilidades necessárias, integrar o time e adaptar o trabalho nesta nova era é o desafio interno dos gestores.
Conheça a in360 e descubra como podemos ajudar a enfrentar os desafios do varejo, a partir de nossa vivência e expertise nos serviços de inteligência de varejo.