Pressionados por um mercado em condições sem precedentes, os varejistas estão percebendo que precisam evoluir suas operações de varejo para uma nova fase. O setor de compras tem papel chave nesta evolução, com o surgimento de melhores práticas, métodos mais eficazes e ferramentas adequadas que vão trazer um olhar mais apurado para esta área.
Afinal, nem mesmo o consumidor mais enraizado em suas opiniões teve chances de prosseguir atuando normalmente como sempre e com seus mesmos hábitos, diante do cenário pandêmico. Todas as necessidades físicas, sociais, emocionais e psicológicas a que os consumidores e empresas estão submetidos se desdobraram em um novo processo, com novas prioridades e desejos por parte do shopper.
São movimentos que acontecem já há mais de um ano e que precisam ser analisados com a maior atenção possível, a fim de estabelecer uma forma mais avançada do varejista tratar com seus fornecedores e oferecer os produtos adequados aos clientes no momento certo, tornando a empresa mais capaz para atuar de maneira ágil e competitiva, ainda que a pandemia e seus desdobramentos transformem o mercado dia após dia.
Diante disso, o que é tratado junto aos fornecedores e os reflexos disto na operação são primordiais. Por isso, os insights proporcionados pela experiência somada a uma gestão movida a dados dá origem à área de compras 2.0, ou seja, a fusão de tecnologia com práticas estratégicas e métodos mais estruturados de agir, permitindo a uma equipe especialista em compras tornar decisões mais assertivas, a partir de sua experiência e também das informações surgidas em uma nova realidade.
Neste cenário existe a necessidade de se organizar a partir de dados, porém não estamos falando do compilado geral, às vezes desorganizado, que surge a partir de uma coleção de planilhas e anotações. A ideia é otimizar o processo a partir da coleta estruturada de dados simultaneamente ao que está acontecendo no ponto de venda, a fim de auxiliar a percepção dos profissionais de compra. Com isso, pretende-se fortalecer os argumentos que eles têm sobre determinada ação ou mostrar melhores possibilidades estratégicas em suas interações com os fornecedores.
E que informações seriam essas? O que, quando, por que, quem está comprando o quê, tendo a oportunidade de conhecer isto quase que imediatamente. A partir disso o profissional poder cruzar estes dados ‘frescos’ em análises que também considerem fatores externos (sociedade, governo, regionalismos) e internos (necessidade de promoções, exposições, layout, etc.) que sempre estão muito evidentes para os profissionais atentos ao seu redor e que conseguem identificar as associações dos eventos locais ao movimento do ponto de venda.
Ao agregar o pragmatismo dos dados no cotidiano aos insights da experiência se consegue incorporar uma visão sistêmica, pois uma vez que se tenha dados reais e consistentes, a equipe pode trabalhar melhor na construção de acordos com seus parceiros de negócio.
Afinal, a tomada de decisão será baseada em informações verídicas e atualizadas, podendo ser ainda otimizada pela experiência e percepção do profissional. Cada ideia será defendida com argumentos que se sustentam – ou mesmo ser eventualmente vencida por outra cuja base lógica seja melhor. Mas mesmo neste último caso, em geral o resultado final terá maior probabilidade de ser positivo, já que poderíamos seguir com uma opção que não seria a mais indicada.
Assim, a ideia é que o antigo conservadorismo pode e deve sofrer transição para uma gestão de compras muito esclarecida, baseada em dados e com uma postura de criatividade e iniciativa para apostar em tendências identificadas, por exemplo, e sair na frente da concorrência.
Para tanto, a empresa precisa trabalhar a liderança e os processos da área de compras 2.0, uma vez que somente a tecnologia não fará o trabalho sozinha, principalmente quando se penda na adesão da equipe a novas ferramentas de trabalho. Bem provavelmente os profissionais do setor vão precisar sair de uma zona de conforto para se desenvolver e utilizar as próprias habilidades para gerar resultados.
Uma nova cultura se estabelece a partir deste ponto, e é bom que seja traçada em conjunto com o time e posta em prática de forma integrada, uma vez que o novo mercado requer novas atitudes, inovação e criatividade.
Esse processo de evolução entre a antiga atuação e a área de compras 2.0 em geral acontece em estágios progressivos, que demonstram a maturidade da companhia no cumprimento do novo jeito de interpretar, organizar e negociar seu mix de produtos e seus preços.
E para colocar tudo isto em prática a In360 está à disposição com experientes profissionais do varejo. O know-how adquirido em anos de trabalho dos nossos consultores pode ajuda-lo nesta transição. Nossa missão é transformar dados em informação acionável, permitindo a um time multidisciplinar avaliar, decidir, planejar, implementar e monitorar ações que alavanquem resultados em toda a cadeia de valor. Entre em contato!