O surto da Covid-19 transformou de maneira profunda e abrupta as rotinas pessoais e profissionais de todos nós. É um momento histórico e único, que pôs à prova a capacidade dos líderes e empreendedores de desenvolverem estratégias em um curto espaço de tempo e sob pressão intensa, afinal, são vidas de pessoas e empresas em constante cheque.
Frente a tamanha dificuldade e incertezas recorrentes, as empresas têm aplicado bastante esforço, muita criatividade e toda sua expertise para desenvolver maneiras de atender a demanda das novas tendências de varejo, considerando todas as restrições que a pandemia trouxe à sociedade e, além disso, atravessar a crise e efetivar novas formas de trabalho, consumo e comportamento para que todos sigam bem em um mundo pós-pandemia.
Este novo cenário impõe, sem escapatória, dinamismo das empresas, seus líderes e gestores para enfrentarem todas as dificuldades e protocolos obrigatórios que modificaram tanto e em tão pouco tempo as tendências de consumo e por consequência todo o varejo.
O distanciamento físico é vital para a saúde de todos, assim, não foram só os consumidores que se viram obrigados a manter distância uns dos outros, todo o meio empresarial (exceto serviços classificados como essenciais) foi interrompido para se estruturar e voltar a atender seus clientes de maneira segura e conseguir se manter ativo durante e depois da quarentena.
Diante dessa realidade desafiadora, as empresas – com o auxílio dos dados, experimentação e muita criatividade – conseguiram entender mais a situação e identificaram novos caminhos para superar a crise e continuar atendendo seus clientes com a mesma agilidade e qualidade, só que com modus operandi e mindsets diferentes.
Veja agora 6 tendências de varejo identificadas por líderes e seus aprendizados para o presente e o futuro:
A crise deixou claro que atualmente a mais abrangente das tendências é o coletivo. A transformação digital já deixou evidente que tudo está interligado e a pandemia deixou isso ainda mais à mostra, pois todas as “novas” ferramentas de comunicação, gestão de projetos e processos passaram a ser mais bem utilizadas e isso revelou novas maneiras muito efetivas de comunicação das marcas, empresas, seus funcionários e consumidores.
Apesar do coletivo já estar em voga há um bom tempo e também na ponta das campanhas de muitas organizações, agora, somente o discurso não basta, é preciso agir e pôr em prática esses novos valores.
“Esse movimento de ação tem aprendizados que abrangem todos os diversos exemplos, como aceleração digital do varejo, mudanças no papel dos influenciadores digitais, mudanças de comportamento do consumidor, mudanças na cultura das agências, conscientização maior sobre temas de representatividade social, racial e de gênero. Tudo isso, parte do que você é, do que você acredita e do que você faz. Fazer é muito importante hoje.” Keka Morelle – Chief Creative Officer, Wunderman Thompson.
O varejo e o consumidor foram literalmente forçados a migrar para o ambiente virtual, assim as compras online se intensificaram em volume e frequência além de atingirem um público maior, cheio de marinheiros em sua primeira viagem, de aulas, compras e entretenimento online.
“Esses hábitos abriram uma janela interessante para o consumo e democratizaram o acesso da tecnologia para muitas pessoas que só se aventuraram no mundo digital pela primeira vez, por causa do isolamento social e da pandemia. Muitos idosos, por exemplo, têm se familiarizado com o mundo digital e tendem a assumir estes hábitos a médio/longo prazo.” Kevin Zung – COO, WMcCann.
É fundamental lembrar que, apesar de serem associações de extrema importância e as mais óbvias, diversidade não se resume somente em raça, gênero e posição social. É um assunto de amplitude muito maior que pode ser explorado e entregar muitos frutos para as empresas e pessoas ao redor de todo país/mundo.
“O tema tem uma amplitude bem maior, que inclui, por exemplo, diversidade regional/cultural. Fica um convite para as empresas (e eu incluo a minha no bolo) refletirem e entenderem se o momento não é oportuno para começarmos a buscar profissionais em outras regiões do país (ou até mesmo fora), além da região na qual a empresa está sediada. Se conseguirmos derrubar a exigência da presença física, ampliaremos o raio de busca de candidatos para as vagas que temos.” Denise Porto – CEO, Brinks
Sabemos que construir o nome de uma marca em momentos de escassez é remar contra a maré, mas isso não quer dizer que seja impossível navegar em novos mares.
“Sabemos que essa crise é muito diferente porque cria um contexto que aponta para uma reconstrução muito lenta, onde muito do que estamos vivendo hoje deve se tornar perene. Quem quiser prosperar — marcas, empresas, profissionais de marketing — terá de fato que aprender rapidamente a vender e a se comunicar com muita fluência em um contexto de mais escassez, o que vai exigir muito mais assertividade, sensibilidade, criatividade e precisão.” Fabiano Coura – SVP Managing Director, R/GA.
É normal a pandemia ter deixado milhares (senão milhões) de líderes e empreendedores sem norte, perdidos diante de mudanças tão intensas em pouco menos de 1 mês. Dados e pesquisas, servem como orientação durante períodos de crise como este.
“O que nos ajudou a achar um norte em meio à pandemia foram dados e pesquisas, que temos o privilégio de deter — dentro dos padrões autorizados pela legislação e ética cabíveis —, e que se tornaram nossa bússola, nos dando os parâmetros de ação. Por isso, bebemos dessa fonte desde o começo da pandemia e pautamos nossas estratégias no novo comportamento das pessoas, a fim de colocar nossas marcas na conversa popular de forma relevante.” Marcia Esteves – CEO & Partner, Lew’Lara/TBWA.
O home office é possível há anos e não implementado robustamente por puro preconceito. A pandemia já mostrou que os resultados dos funcionários operando em casa são muito mais positivos do que o esperado, afinal, os colaboradores podem trabalhar no conforto de seu lar e resguardando sua saúde mental do estresse que vai desde o trajeto até o cotidiano corporativo tradicional e suas rotinas repetitivas.
Isso aumenta a produtividade, a criatividade e qualidade de vida das pessoas. Não é novidade para ninguém que o trabalhador motivado, tranquilo e não enclausurado é mais produtivo e tem maior capacidade para resolver problemas inesperados.
“Temos discutido bastante sobre o home office e a capacidade de gerar saúde mental para os funcionários. Pegando exemplos de empresas de São Paulo, com pessoas que levam de uma a duas horas no trânsito para ir e voltar [do local de trabalho], é preciso considerar o impacto na saúde mental delas e na eficiência da empresa. Uma mudança que eu gostaria de ver de forma permanente é esta: normalizar o trabalho remoto. Não precisamos nos encontrar mais presencialmente, a não ser que seja algo muito importante. Isso traz um impacto positivo na vida de muita gente, além de outros desdobramentos: diminuição do trânsito, poluição e mais outros fatores.” André Palis – Co-CEO and Sales Director, Raccoon.
Você viu até aqui as tendências identificadas por 6 grandes líderes no mercado brasileiro. Sim, é muito importante estar por dentro das novidades e saber como as coisas estão acontecendo, entretanto, sabemos que é preciso da ajuda de outros especialistas para aplicar o que tem de novo e conseguir resultados significativos e transformadores para a empresa em todos os níveis.
A in360 é uma empresa de inteligência para o varejo que pode ajudar sua empresa a obter melhores resultados. Nossa missão é transformar dados em informação acionável, permitindo a um time multidisciplinar avaliar, decidir, planejar, implementar e monitorar ações que alavanquem resultados em toda a cadeia de valor.
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Fonte: Think with Google