O sortimento — caracterizado pelas categorias, subcategorias e itens comercializados por uma loja física ou online — é a base de todo negócio de varejo porque é através dele que o objetivo maior do shopper e do empreendedor se concretiza, ou seja, o encontro entre a demanda e a oferta.
A partir de uma análise inicial é possível perceber o impacto amplo que o sortimento tem na operação e na sustentabilidade do negócio, diante do desafio de abastecer as gôndolas diariamente a fim de suprir os desejos do consumidor, surpreendê-lo e, assim, fidelizá-lo.
Nesse contexto há muitas variáveis como o fluxo de caixa disponível, as características do público e da localização, bem como as técnicas de exposição e gestão que precisam ser consideradas nas tomadas de decisão para que o negócio consiga atingir suas metas e prosperar.
Mas o que isto tem a ver com sortimento? Vamos explorar aqui este assunto.
O sortimento deve ser fiel ao perfil da empresa, ou seja, ser coerente com a proposta de valor que almeja colocar em prática. O sortimento compõe a identidade da empresa e tem um papel es tratégico.
Para tanto, o primeiro ponto é definir se a empresa é uma generalista ou uma especialista. Tal decisão auxilia a entender com quantas e com quais categorias e subcategorias se trabalhará, bem como qual será a profundidade dos itens.
Afinal, uma empresa especialista (em alimentos para cães para exemplificar) tende a ter menos categorias que uma loja generalista (um supermercado, por exemplo), porém haverá maior quantidade de subcategorias e de profundidade.
Quando as categorias do sortimento estiver definido, há a necessidade de identificar quais dentre elas são as categorias de destino do consumidor (e assim deverá ter mais destaque no visual merchandising, pois será a referência da loja) e as de conveniência (categorias complementares cuja finalidade é aumentar a rentabilidade do negócio e o ticket médio do consumidor).
É normal que varejistas queiram uma loja cheia. Porém esse volume de quantidade e variedade precisa ser estratégico.
Primeiro porque muitas pesquisas comprovam que o excesso de opções gera sentimentos e ações que podem dificultar a avaliação no consumidor. Assim, uma infinidade de opções de um mesmo item pode, além de frustrar, fazer com que o shopper simplesmente não compre nada!
Somado a isso há a questão da saúde financeira e a otimização do espaço físico do estoque e da área de exposição. Assim, equilíbrio e assertividade são critérios a serem perseguidos.
Ao entender os conceitos acima como diretrizes, a palavra final para qualquer decisão sempre deverá ter o consumidor como norte.
Para tanto é preciso um interesse e conhecimento renovado sobre ele. Os hábitos contemporâneos se formaram a partir de inúmeras mudanças ao longo do tempo. O que faz com que varejistas atentos se renovem diariamente, ao invés de tomarem sustos que comprometam a continuidade da empresa.
Assim, o monitoramento dos dados de como o shopper se comporta dentro da loja, somado a indicadores de venda por categoria e por item precisam estar associadas a um entendimento macro que abranja o contexto social local (o que tem interferido no cotidiano do seu público? Como isso o afeta nas compras? O que tem comprado por consequência desse momento ou acontecimento?) e as ações da concorrência (em quais as tendências eles estão investindo?).
Convidamos você a fazer uma análise mais aprofundada de seu sortimento e buscar usa-lo como uma vantagem competitiva em sua organização.
Conte com a equipe In360 para ajudar em sua trajetória para desenvolver seu varejo. Nossa missão é transformar dados em informação acionável, permitindo a um time multidisciplinar avaliar, decidir, planejar, implementar e monitorar ações que alavanquem resultados em toda a cadeia de valor.