Guest Post
Este artigo é uma contribuição de Leila Okumura
O crescimento do consumo de produtos saudáveis (o Brasil já é o quarto maior mercado do mundo!), maior sensibilização do consumidor para a origem e sustentabilidade dos produtos, ascensão da categoria de produtos plant based, veganos e orgânicos, expectativa de crescimento de e-commerce para alimentos e bebidas, etc. As mudanças são inúmeras e o desafio para o varejo é enorme – como se manter relevante e atualizado frente a tantas mudanças?
Uma discussão que, nesse contexto, ganha relevância é o papel do sortimento de produtos na construção de diferenciação na experiência de compra do shopper. Inúmeros varejistas já identificaram essa oportunidade e estão diversificando o seu mix de produtos, basta vermos exemplos de seções inteiras dedicadas à produtos saudáveis e orgânicos, crescimento das seções de refrigerados, novas categorias surgindo como as de leites vegetais e bebidas funcionais.
Uma pesquisa recente publicada pela Nielsen mostra que 95{b97535956982347505e90841a941152adc3238ce8637e8f0e15be94c4be72a7d} dos brasileiros são desleais a produtos e marcas, e 68,3{b97535956982347505e90841a941152adc3238ce8637e8f0e15be94c4be72a7d} das marcas líderes perderam penetração. Isso porque os brasileiros estão sendo mais incentivados a experimentar novos produtos, e mais da metade dos entrevistados declaram amar experimentar coisas novas. Nesse contexto, trazer um fluxo constante de novidades e tornar a experiência do shopper única na loja, explorando novos sabores e sensações, faz do sortimento correto uma grande vantagem competitiva.
No entanto, a construção de um sortimento diferenciado e pensado no consumidor exige mudanças importantes para o varejo. A primeira delas é no processo de cadastramento de novos produtos, muitos varejistas ainda demoram meses para conseguir finalizar um processo de compra; alguns declaram que gastam 3 meses ou mais do momento da conclusão da negociação até o produto efetivamente estar na gôndola. Diante das demandas atuais, o processo precisa ser mais ágil e eficiente.
Outro ponto importante é o relacionamento entre varejistas e fornecedores que precisa ser revisto para atrair novas marcas. Muitos lançamentos de produtos saudáveis estão sendo feitos por foodtechs, jovens empreendedores e pequenos produtores e, para garantir que esses produtos estejam nas gôndolas, muitos varejistas estão se esforçando para criar uma relação diferenciada e de longo prazo. Um pioneiro nessa área é o GPA que resolveu criar um departamento específico para negociar com marcas menores e produtos diferenciados, oferecendo condições comerciais especiais.
Sem essa nova abordagem, muitas marcas não conseguiriam estar nas gôndolas do GPA hoje. Com o objetivo de aumentar a eficiência do processo de introdução de novos produtos e maior agilidade para o varejista atender às novas demandas do consumidor, lançamos em Outubro a Local.e – uma nova plataforma digital que conecta marcas locais e varejistas.
A plataforma já conta com mais de 180 marcas locais e mais de 1000 produtos cadastrados das categorias de alimentos e bebidas. Cada fabricante tem a possibilidade de inserir informações relevantes sobre seus produtos, permitindo que varejistas tomem decisões de sortimento de maneira mais eficiente e ágil. O serviço é 100{b97535956982347505e90841a941152adc3238ce8637e8f0e15be94c4be72a7d} gratuito.
Esperamos contribuir para que mais varejistas utilizem seu sortimento de produtos como uma verdadeira vantagem competitiva nesse mercado desafiador e volátil. E, acreditamos que o consumidor brasileiro merece ter mais acesso à produtos naturais, saudáveis e autênticos.
Artigo de Leila Okumura da Local.e